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Por Juliana Magano
Conhecida como taxa básica de juros, a Selic causa um impacto direto na economia e na vida de todos os brasileiros. Ultimamente, a taxa tem sido uma pauta recorrente no mercado financeiro. Vilã para uns, heroína para outros. Pegue um café, se acomode, porque o assunto é super relevante para os seus investimentos.
Quem és tu, Selic?
A taxa básica de juros é como o ar, não importa se você não vê, ela continua lá. A Selic influencia, por exemplo, as finanças de uma família através dos juros de um financiamento ou empréstimo, além de influenciar diretamente no rendimento do dinheiro que está investido.
Aumentar, diminuir ou manter a Selic depende do Comitê de Política Monetária (Copom, para os íntimos), que avalia os riscos e as oportunidades no cenário macroeconômico. Quando a taxa de juros aumenta, ajuda a desacelerar a economia e, assim, controlar a inflação. No movimento contrário, acaba provocando o aquecimento da economia através do estímulo de consumo. Alta ou Baixa, cada cenário possui ônus e bônus.
Diga-me que tipo de investidor você é, que eu te digo qual Selic é melhor para você!
Basicamente, os períodos de Selic em alta, como o que estamos vivendo atualmente, favorecem os investimentos em Renda Fixa, o que aumenta as possibilidades de rentabilidade, uma vez que estes estão atrelados diretamente à taxa de juros. Já em um cenário de queda, as pessoas estão dispostas a correr um risco maior com investimentos em Renda Variável.
Raio-X do Cenário Macroeconômico
A alta da Selic, que saiu dos 2% ao ano no começo de 2021 para os 13,75% atuais, reverteu o movimento de diversificação dos investidores brasileiros. Os Fundos de Investimento registraram o maior resgate para o 1º trimestre em mais de 20 anos. O dinheiro está deixando os produtos de Renda Variável para o porto seguro nas classes de Renda Fixa, principalmente os títulos isentos de imposto de renda.
Apenas nos primeiros 6 meses de 2023, os fundos de investimento acumularam um resgate de R$250 bilhões, ultrapassando o acumulado dos 12 meses de 2022, R$163 bilhões. O impacto da alta na Selic no poder de compra dos brasileiros foi tamanho que Luiza Trajano, empresária e atual presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, levantou um abaixo-assinado para pressionar o Banco Central pelo corte da Selic.
No início do ano, as projeções de cenário para 2023 em relação à Selic estavam divididas entre os economistas por conta das preocupações em relação aos rumos da política fiscal do atual governo, chegando a projetar uma taxa de 15%. Mas, agora, o mercado espera que o Banco Central comece a diminuir a Selic a partir de agosto. Para saber, devemos aguardar a próxima decisão do Copom e acompanhar as reações do mercado.
Você sabia que a Selic era tão importante?
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