![](https://investsmart.com.br/wp-content/uploads/2023/10/andrhessa-scaled.jpg)
Por Andrhessa Armada
Pague mais e leve menos?
Não, você não entendeu errado. Aliás, já deve ter notado que está comprando os mesmos itens e a conta do mercado está ficando mais cara, não é? Ou até mesmo que aquela barra de chocolate está a cada dia menor e quase nem dá pra dividir com todos os colegas de trabalho. E não, não é apenas uma impressão sua. As embalagens dos produtos nas prateleiras dos supermercados estão cada vez menores, enquanto os valores se mantêm inalterados ou aumentam.
Esse fenômeno tem nome: reduflação e é uma prática comum no mundo todo. Nos Estados unidos, é conhecido como shrinkflation (shrink = encolher; inflation = inflação). Em tempos de alta inflação, as empresas precisaram se adaptar de alguma forma e diminuir a quantidade dos produtos foi uma estratégia comercial para não gerar a perda no mercado.
Ao longo dos anos, a barra de chocolate caiu de 200g para 180g, depois para 150g, 125g, 100g, 90g, e hoje algumas marcas chegam a comercializar o produto em porções de até 80 gramas. O tradicional biscoito Maizena teve a embalagem reduzida de 200g para 175g, o wafer dessa mesma marca foi de 160g para 100g, alguns molhos de tomates foram reduzidos de 340g para 300g e o leite condensado, que quase na totalidade das marcas foi substituído por “mistura láctea”.
Nem mesmo os palitos de fósforos ficaram de fora dessa e diminuíram de 240 para 200, uma redução de 20%. Ou seja, o consumidor está pagando o mesmo, ou até mais, por um produto que foi colocado no mercado com menor quantidade ou qualidade.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que o principal motivo para as marcas adotarem essa tática está na redução do poder de compra da população, cerca de 30% nos últimos cinco anos. Para se ter uma ideia, até o ano de 2022, uma nota de R$100 compraria o mesmo que R$ 13,91 em 1994.
É nítido o quanto a inflação afeta o bolso dos brasileiros. Você pode estar se perguntando se existe alguma maneira de preservar o seu dinheiro. Uma forma é investindo em títulos que são atrelados a inflação. O governo federal usa o IPCA como o índice oficial de inflação do Brasil. Portanto, ele serve de referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros. Dessa maneira, você pode garantir um rendimento real e manter o seu poder de compra.
CONTEÚDO RELACIONADO
25/07/2024
Olimpíada de Paris devem ter impacto de US$12 bilhões na economia!
Que comecem os jogos! Por Juliana Magano Finalmente o período de espera para o…
11/07/2024
Das prateleiras do hortifruti para o pedestal do mercado de luxo!
Frutas raras ganham espaço no mercado e chegam a custar R$2 mil! Por Juliana…
11/07/2024
Biscoito ou Bolacha? Mais uma rivalidade à vista?
Prefeitura do Rio anuncia volta da bolsa de valores carioca - e provoca os…
11/07/2024
Investimentos Alternativos
Jovens estão investindo, mas não no que você imagina. Por Julia Gonzatto Os…
12/06/2024
Depois do El niño… a La Niña!
Por Fabiane Mariano Economia deve se preparar para novo baque com efeitos…
10/01/2024
Rejeite a tradição, abrace a modernidade:
Por Julia Gonzatto Chegam ao fim as transações via DOC e TEC. Provando que sim,…
15/12/2023
Mas e o salário, ó… 🤏
Por Julia Gonzatto Reajuste do mínimo pode chegar a R$1.412 em 2024. R$…
06/12/2023
Recorde atrás de Recorde
Por Julia Gonzatto Esporte feminino deve ultrapassar a marca de US$1 bilhão em…