Por Juliana Magano
“Negócios da China” não receberão mais investimentos americanos!
Que a China e os EUA não se bicam, não é de hoje. Mas, a crescente tensão econômica entre as duas potências ganhou um novo capítulo, em agosto. Recentemente, o presidente Joe Biden assinou uma ordem que, entre outras coisas, proíbe investimentos americanos em indústrias de tecnologia importantes da China.
Ambos os países já possuem divergências por causa dos respectivos avanços tecnológicos. Com a Inteligência Artificial avançando no mercado, a tendência é que essa tensão piore. Não podemos esquecer do incidente com o suposto balão espião chinês, onde os americanos acusaram a China de tentar roubar tecnologia e propriedade intelectual, resultando na perda de bilhões de dólares para as empresas estadunidenses. Como resposta, o país impôs tarifas às importações chinesas, prejudicando as empresas de tecnologia concorrentes.
The beginning
A história começou com a Huawei e a ZTE em 2018, as duas maiores empresas de telecomunicações chinesas de 5G na época. Agora, está se repetindo na indústria dos chips avançados. A nova restrição é direcionada para as empresas de IA, principalmente aquelas voltadas para computação quântica, semicondutores e Inteligência Artificial para usos militares, que podem ser utilizadas para incrementar as as forças armadas de Pequim.
A medida, de acordo com os EUA, busca proteger a segurança nacional através do controle de tecnologias cruciais para a próxima geração de inovação militar. O embaixador chinês afirma que o país responderá se os Estados Unidos impuserem mais restrições ao setor de semicondutores – materiais utilizados para a condução de correntes elétricas, usados na produção dos carros elétricos, por exemplo. Essas restrições americanas podem atrasar a transição da China para uma economia verde sustentável de alta tecnologia.
Se, por um lado, as tensões entre Pequim e Washington DC podem criar resultados econômicos negativos para o mundo, também abre um grande leque para a diversificação dos investimentos internacionais. A Rússia pode acabar se tornando um dos maiores beneficiários desse cenário, fortalecendo suas próprias alianças econômicas e retirando um pouco o foco da guerra que ainda acontece na Ucrânia.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos dessa novela. Esse é o tipo de embate que ninguém no mundo quer perder de vista.
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