![](https://investsmart.com.br/wp-content/uploads/2023/11/julia-1.gif)
Por Julia Gonzatto
Hábitos de Consumo
No início do ano passado, uma pesquisa feita pela Leve – uma fintech de educação financeira – revelou que mais da metade dos brasileiros não consegue se planejar para o futuro. Entre os entrevistados, 52% disseram que não possuem ou não sabem como montar um planejamento financeiro, enquanto 46% não se sentem confiantes para estabelecer metas que sejam de longo prazo.
E os principais motivos para isso? A ausência de conhecimento sobre finanças e o baixo orçamento mensal do brasileiro médio.
No geral, o Brasil sempre foi um país que teve que lidar com a falta de educação financeira na formação, com uma cultura mais consumista do que consciente na hora de poupar. Mas se essa realidade ainda se mantém, por que a consultoria EY-Parthenon, em seu mais recente levantamento, descobriu que 82% dos brasileiros prestam sim atenção em suas finanças e, por isso, se preocupam com seu dinheiro?
Pois é! Novos dados revelam que, talvez, o brasileiro esteja começando a mudar seus hábitos de consumo – de forma mais rápida e eficiente. E o que pode ser atribuído como principais motivos dessa mudança e nova preocupação? Os três fatores mais citados na pesquisa foram:
- Conflitos geopolíticos, como a Guerra da Ucrânia e o conflito entre Israel e Hamas;
- Aumento da pressão inflacionária;
- Interrupções nas cadeias de suprimentos, como aconteceu durante a pandemia de COVID-19, por exemplo.
Se a média brasileira ainda não parece tão alta assim pra você, saiba que, globalmente, esse número é de 80% – ou seja, o Brasil está mais preocupado com suas economias que a média dos outros 27 países entrevistados para o estudo.
É claro que grandes mudanças não acontecem de uma hora para outra. Esse caminho é longo, e apesar de ter sido acelerado por eventos recentes, não significa que a educação financeira não precise mais ser incentivada. O cenário nacional de preços mais altos e orçamento apertado pode justamente fazer com que os consumidores voltem as atenções para suas economias e também revejam as prioridades na hora de gastar.
Segundo a EY-Parthenon, muitos já pensam de maneira mais cuidadosa a respeito dos produtos que realmente precisam comprar. 54% dos brasileiros estão cortando itens não essenciais das suas despesas e 45% experimentando marcas mais baratas a fim de reduzir seus custos.
Também é curioso observar que essa não é uma mudança que se restringe a aqueles que possuem pouco dinheiro, mas sim atinge brasileiros de todas as classes sociais.
E você, anda prestando mais atenção aos seus gastos? Ou ainda vive como se cada dia fosse o último?
CONTEÚDO RELACIONADO
25/07/2024
Olimpíada de Paris devem ter impacto de US$12 bilhões na economia!
Que comecem os jogos! Por Juliana Magano Finalmente o período de espera para o…
11/07/2024
Das prateleiras do hortifruti para o pedestal do mercado de luxo!
Frutas raras ganham espaço no mercado e chegam a custar R$2 mil! Por Juliana…
11/07/2024
Biscoito ou Bolacha? Mais uma rivalidade à vista?
Prefeitura do Rio anuncia volta da bolsa de valores carioca - e provoca os…
11/07/2024
Investimentos Alternativos
Jovens estão investindo, mas não no que você imagina. Por Julia Gonzatto Os…
12/06/2024
Depois do El niño… a La Niña!
Por Fabiane Mariano Economia deve se preparar para novo baque com efeitos…
10/01/2024
Rejeite a tradição, abrace a modernidade:
Por Julia Gonzatto Chegam ao fim as transações via DOC e TEC. Provando que sim,…
15/12/2023
Mas e o salário, ó… 🤏
Por Julia Gonzatto Reajuste do mínimo pode chegar a R$1.412 em 2024. R$…
06/12/2023
Recorde atrás de Recorde
Por Julia Gonzatto Esporte feminino deve ultrapassar a marca de US$1 bilhão em…