Por Fabi Mariano
O pauta tem ganhado os jornais e a atenção dos investidores, afinal, as mudanças climáticas e a preocupação com um mundo mais sustentável são impositoras. A Bioeconomia promete ser a queridinha do futuro, pois une recursos naturais e novas tecnologias para produtos e serviços mais sustentáveis. E não se trata daquela pessoa natureba que constrói tudo com papelão, pelo contrário, esse mercado envolve vacinas, cosméticos, biocombustíveis, alimentos e itens essenciais para a sociedade.
Cada vez mais desenvolvida, a bioeconomia deve impactar setores como da saúde, agrícola, pecuária e da própria tecnologia. De acordo com dados da Associação Brasileira de Bioinovação, nos próximos 20 anos, a bioeconomia pode acrescentar US$53 bilhões por ano na economia do Brasil e abrir cerca de 217 mil postos de trabalhos qualificados.
Com a Amazônia, o Brasil tem a chance de aliar biodiversidade com tecnologia e despontar como país que contribui com o mundo para um desenvolvimento sustentável.
Negócio bom assim ninguém nunca viu!
O mercado mundial de bioinsumos também não para de crescer junto com a conscientização mundial da necessidade de mudança de comportamento de consumo. Segundo pesquisa da Annual Biocontrol Industry Meeting (Abim), o potencial do mercado é de cerca de US$ 5,2 bilhões, com expectativa de crescimento superior a 15% ao ano. Até 2025, esse valor deve chegar a US$11,2 bilhões.
A importância do segmento é tanta que o Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) propõe a inclusão do chamado “PIB da bioeconomia”, ou seja, mensurar de maneira adequada o “fator verde” na economia.
Três negócios de sucesso que já exploram (no melhor sentido da palavra) a bioeconomia são:
- Na’kau: fábrica de chocolate orgânico.
- 100% Amazonia: vegetais e elementos químicos retirados da floresta de forma sustentável, como, por exemplo, manteiga de bacuri usada na indústria de cosméticos por marcas famosas como L’oreal e L’Occitane.
- Nossa Fruits: especializado na exportação de açaí.
Tá tudo pronto agora é só vir pegar investir
O Brasil abriga cerca de 20% da biodiversidade de todo o planeta. Nós somos os maiores detentores do mais importante ativo econômico do futuro e para transformar toda essa abundância em riquezas, de maneira que preserve os recursos, é necessário essencialmente uma coisa: investimento em tecnologia.
Segundo dados da Embrapa, se bem elaboradas, as estratégias para o desenvolvimento sustentável da região Amazônica podem ajudar até 750 mil famílias e agricultores da região. Além de todo potencial econômico direto, a bioeconomia também pode estimular indústrias nacionais, avanços tecnológicos, melhoria da imagem do Brasil no exterior, mais investimentos, geração de empregos e pioneirismo na consolidação de uma economia de baixo carbono.
A solução é preservar o Brasil.
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