Por Fabi Mariano

Passagem só de ida?

Tomar um gelato em frente a Fontana de Trevi, arriscar algum dinheiro nos casinos de Vegas, fazer um cruzeiro pelo Rio Nilo. Não é suficiente, ou não mais, para uma parcela de turistas que tem se arriscado em destinos mais… ousados. O turismo de risco tem ganhado adeptos pelo mundo e, além de perigoso, ele também é bem caro.

O recente caso do submarino que implodiu durante uma expedição para ver os destroços do Titanic evidenciou excêntricos gostos de bilionários por viagens que podem acelerar o processo de transição sucessória e patrimonial dessas famílias, se é que vocês me entendem.

Viagens espaciais, nadar com tubarões, zonas de guerra, aventuras nas profundezas do oceano e até embaixo do gelo. As opções são diversas e podem custar de R$ 25 mil a R$ 271 milhões. Sim, o fundador da Amazon, Jeff Bezos desembolsou milhões de reais para viajar para o espaço no primeiro voo tripulado da Blue Origin e a experiência durou apenas 10 minutos. E sim, o passeio é perigoso, pois, assim como no submarino, não há nenhum tipo de regulamentação oficial da atração.

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7 opções de turismo consideradas extremamente perigosas

1 . Bungee Jumping com crocodilos (Zâmbia e Zimbabue) – sim, você leu certo. Além de pular de uma
altura de 111 metros, o cenário abaixo é de um rio infestado de crocodilos

2. “El Camino de la Muerte” (Bolívia) – a estrada mais perigosa do mundo, como o próprio nome já diz, tem cerca de 3 metros de largura e aproximadamente 600 metros de altura do nível do mar. De acordo com dados, todo ano 95 pessoas morrem no percurso.

3. Jardim Venenoso de Alnwick (Inglaterra) – localizado no norte da Inglaterra, o Poison Garden possui cerca de 100 espécies de plantas venenosas que não podem ser tocadas, cheiradas e muito menos provadas pelo ser humano. É caixão na hora.

4. Porta do Inferno (Turcomenistão) – uma cratera de 10 metros de diâmetro e cerca de 20 metros de altura que queima desde 1971. Parece legal? Releia o nome do local.

5. Monte Everest (Tibete e Nepal) – talvez o mais conhecido e desejado turismo de risco do mundo, o Monte
Everest já matou mais de 200 pessoas que tentaram chegar ao topo da montanha mais alta do planeta

6. Monte Huashan (China) – tábuas suspeitas e decrépitas a 2160 metros de altura. A estimativa é
que centenas de pessoas perderam a vida tentando chegar ao topo. Não olhe pra baixo e não pise muito firme.

7. Caçadores de Tornados (EUA) – uma vibe Twister? Tem quem queira. Ônibus lotados em busca do fenômeno são comuns no país que adora uma cena de filme de ação.

Público-alvo: ultrarricos

Para os passeios mais perigosos, que envolvem muitos riscos e por isso muitos cuidados, o público é bastante restrito. O turismo de risco é acessível para pessoas consideradas ultrarricas, ou seja, cuja a riqueza líquida é maior que US$ 30 milhões. Embora seja um grupo seleto, ele está crescendo. De 2007 até 2022 essa categoria cresceu 44%. Além de não se preocuparem com crises e perdas patrimoniais, os ultrarricos podem bancar jatinhos, helicópteros, acampamentos luxuosos e até buscas caríssimas caso algo dê errado. Resta saber se o socorro chegará a tempo…