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- Ah! Uma nova emoção! Os divertidamentes e as finanças

Inteligência emocional e investimentos: qual a ligação?
Por Fabi Mariano
Um fenômeno invadiu as telonas e as redes sociais: Divertidamente 2. A sequência da Pixar já é a maior bilheteria do ano, com mais de US$ 700 milhões arrecadados em menos de um mês da estreia nos EUA. No Brasil, não é diferente! Lançado no último dia 20, a mente da jovem Riley já faturou R$97 milhões, isso só no primeiro final de semana em exibição. Sucesso! Além das salas de cinema lotadas, o filme também repercute positivamente em todas as mídias sociais com análises, elogios e, claro, memes. Até o Banco Central entrou na onda, sabia dessa? E, claro, virou polêmica. Já, já falamos disso, segura a ansiedade! Primeiro vamos falar de uma relação muito importante: as emoções e o dinheiro. Elas têm tudo a ver e, como no filme, para o bem e para o mal.
Quer ver?
Finanças comportamentais: assuma o controle de suas emoções
Toda tomada de decisão passa por pensamentos e, consequentemente, pelas emoções e isso tem tudo a ver com investimentos. Diferentes estudos apontam que as pessoas não são racionais na hora de mexer com dinheiro e perdem grandes quantias por isso. O excesso de emoções pode afetar consideravelmente sua carteira de investimentos. Listamos algumas para que você fique de olho nesses personagens:
MEDO:
Esse é bem comum! Afinal, todo mundo tem medo de perder dinheiro, o que pode impedir que o investidor aproveite boas oportunidades. Mas, ele também pode ser benéfico, como controle em tempos de crises econômicas e incertezas do mercado. Só é necessário cuidado para que não vire pânico. Como lidar com essa emoção? Com educação financeira para entender mais o assunto, diversificação para redução dos riscos e planejamento a longo prazo, assim não é qualquer bicho-papão do mercado de te dará sustos.
ALEGRIA:
Ter renda passiva realmente é motivo de felicidade. Contar com aquele dinheiro a mais deixa qualquer um alegre. Mas, o excesso de segurança e euforia com bons resultados pode influenciar negativamente com escolhas baseadas em muito otimismo e poucos fatos. Como manter a alegria em níveis aceitáveis? Fazer análises objetivas antes das tomadas de decisão, buscar profissionais da área como uma boa assessoria de investimentos e ter sempre um senso crítico apurado.
TÉDIO:
Aqui o tédio também pode ser considerado como a impaciência. Querer resultados rápidos e expressivos pode ter um efeito muito negativo na hora de investir. Para conter essa sensação de demora, o que fazer? Ter metas realistas, com prazos razoáveis e ser disciplinado. A constância tirará essa emoção do controle.
TRISTEZA:
Investiu e não deu certo? Bate mesmo aquela tristeza e o arrependimento. Mas, nem sempre será assim! Então como não deixar o pessimismo te impedir de investir melhor e criar uma rotina saudável de investimentos? O primeiro passo é entender que todo investimento envolve riscos e resultados inesperados podem acontecer, portanto, é bom saber lidar com eles. Na vida e nos investimentos, a tristeza tem uma função: ensinar algo. Então, aprenda para não cometer o mesmo erro. Por fim, tenha uma estratégia bem definida! Assim, quando algo sair do esperado, ter um plano claro te deixará ainda no caminho certo.
NOJO:
O nojo pode ser entendido aqui como arrogância. Se achar bom demais em investimentos pode trazer problemas. O mercado exige acompanhamento contínuo e o excesso de confiança pode te colocar em situações difíceis. Como manter o pé no chão? Ouvir os outros é sempre bom. E isso não quer dizer qualquer um. Leia pesquisas, peça feedbacks de outros investidores e assessores com diferentes perspectivas e principalmente mantenha a humildade! No mercado financeiro ninguém sabe tudo, então, saiba pedir ajuda.
É verdade esse meme!
Polêmica a vista! Vocês viram que até o Banco Central entrou na onda do meme do Divertidamente? Uma postagem feita na terça, 25, gerou mal-estar econômico e político. Isso porque a imagem remete a emoção de gastar sem poder. Uma ótima dica de educação financeira, não é? Mas não soou bem assim. A dica surgiu em um momento de conflito entre o presidente Lula e o presidente do BC, Campos Neto, por causa da atual taxa de juros do país, a Selic. Na última decisão do Copom a taxa foi mantida em 10,5% desagradando o presidente da república que espera pela queda. O Comitê optou pela manutenção da taxa alegando que só voltará a reduzir a Selic se o governo controlar seus gastos. Sim, gastar apenas o que pode. Para bom entendedor pingo é letra. Pelo visto, grandes emoções ainda estão por vir…
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