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- Precisamos falar de assédio no mercado de trabalho

Por Juliana Magano
O custo do Medo: Quem paga essa conta?
O dia a dia no trabalho pode ser muito atribulado. Muitas vezes, o colaborador passa por situações desconfortáveis e segue em frente sem refletir sobre as consequências no longo prazo. Por mais que o tema “assédio” possa ser delicado e, por vezes, confuso para empregados e empresas, é um assunto sério e que pode, sim, trazer consequências negativas para ambas as partes.
Dados do Ministério Público do Trabalho apontam que mais de 53% dos brasileiros já sofreram algum tipo de assédio no trabalho. Entre as vítimas, a maioria é composta por mulheres. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva revelou que 76% das entrevistadas já passaram por um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho, além disso, o assédio afeta 36% das trabalhadoras brasileiras.
O assédio não prejudica apenas a produtividade dos colaboradores, mas também contribui para os gastos públicos com o tratamento das consequências físicas e psicológicas, como depressão, ansiedade, estresse, palpitações, síndrome do pânico, entre outros.
Se não é assédio, é o que? Saiba identificar o que se passa:
– Assédio Moral: todo o comportamento indesejado ou discriminação com objetivo ou efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a dignidade ou criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador;
– Assédio Sexual: constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se de uma condição superior hierárquica ou crescimento inerente ao exercício de emprego, cargo ou função;
– Bullying: conjunto de atos violentos, intencionais e repetidos para causar danos à vítima por meio de discriminação, humilhação pública e ameaça física e psicológica.
O papel na empresa na luta contra o assédio
Qualquer tipo de assédio é danoso e impacta de forma significativa na produtividade das empresas. Quando um trabalhador se torna uma vítima, perde a confiança em sua competência e qualidade profissional. Isso resulta em baixa produtividade e, até mesmo, no abandono do trabalho.
Em média, as vítimas perdem de 9 a 10 semanas enquanto lidam com essas questões. Mesmo quando voltam às suas atividades, muitos enfrentam dificuldades em desempenhar suas funções.
Cabe à empresa implementar canais de denúncia e escuta ativa, além de promover a conscientização contra o assédio, buscando sempre um ambiente de trabalho saudável para todos.
Assédio… Não faça. Não aceite. Denuncie!
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