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- Herança pandêmica: a longa discussão sobre jornada de trabalho
Por Fabi Mariano
O velho normal vai voltar? Ao menos é o que grandes empresas como Apple, Amazon, Google e Facebook estão querendo. As gigantes globais começaram um movimento de desincentivo ao HomeOffice, a modalidade de trabalho que ganhou força na pandemia. Entre os argumentos para a exigência física do profissional estão a queda da produtividade, dificuldade de gerenciamento de tarefas, enfraquecimento da cultura organizacional e escritórios vazios. Como as grandes empresas são inspiração para as demais, a previsão é de enfraquecimento do trabalho remoto, que ganhou o coração – e o bolso – dos trabalhadores de todo o mundo.
Qualidade de vida: empregados estabelecem como valor inegociável
Do outro lado da moeda, os trabalhadores não parecem dispostos a abrir mão do que ganharam no processo pandêmico: flexibilidade de horário, custos mais baixos de deslocamento e principalmente tempo. De acordo com pesquisa realizada pelo The Washington Post e Ipsos, 55% dos trabalhadores aceitariam ganhar menos para continuar em HomeOffice. Além de mais tempo com a família, menos estresse no trânsito e mais concentração nas tarefas, os profissionais têm motivos econômicos para preferirem o trabalho em casa. Estudo indica que, nos EUA, 76% dos entrevistados disseram que economizam cerca de US$150 por semana ficando em casa, ou seja, US$8 mil por ano. A economia acontece principalmente com: combustível/transporte público e alimentação.
Meio-termo: híbrido e semana de 4 dias
Nem tão lá, nem tão cá. Alternativas sobre a nova jornada de trabalho estão sendo discutidas e testadas. Entre elas, o modelo mais adotado é o híbrido, que mistura o trabalho presencial com o remoto. Assim, a necessidade de interação e qualidade de vida dos trabalhadores é equilibrada. A grande novidade da discussão é a semana de quatro dias. Já implementada com sucesso em países europeus e EUA, agora chega ao Brasil como tentativa de aumentar a produtividade e deixar os profissionais mais felizes – e com mais tempo.
Levantamento realizado com empresas que já adotaram o modelo nos EUA, Irlanda e Austrália mostrou que a receita aumentou cerca de 8% durante o período de teste e 38% em relação ao ano anterior. A semana de 4 dias também deixou os trabalhadores mais flexíveis a aceitarem a volta aos escritórios físicos e menos propensos a pedidos de demissão. No Brasil, os testes em empresas que se cadastraram para utilizar esse modelo de jornada começam em novembro e terão duração de seis meses, portanto, até abril de 2024.
Estamos preparados para o quintou?!?
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