A infidelidade está na moda!
Por Juliana Magano
Você compra sempre no mesmo mercado? Escolhe sempre a mesma marca de shampoo? Só usa roupa de uma mesma loja? O sonho de toda empresa é ter clientes fiéis, mas uma pesquisa recente realizada pelo Google aponta que ⅔ dos brasileiros não é leal às marcas que consome.
A mudança no comportamento dos consumidores é resultado de uma explosão no número de marcas disponíveis e a competitividade de preços entre elas. Mesmo aqueles que têm suas marcas “xodós”, ainda checa o quintal do vizinho para ver se a grama está mais verde.
O que nos conecta a uma marca? De acordo com a pesquisa: 21% dos entrevistados acredita que é a conexão da marca com valores pessoais. Porém, 88% deles afirmam que algumas empresas se conectam mais com alguns clientes do que com outros. E de onde vem essa conexão? Para 65% dos entrevistados, a forma mais eficaz de iniciar uma aproximação é através de descontos e benefícios.
Mas, nem tudo é sobre dinheiro. 43% apontaram Sustentabilidade como um diferencial na hora da escolha. Já valores como diversidade e igualdade, são relevantes para 40%.
Deixando de lado os números, é preciso entender como a população brasileira chegou nesse cenário.
O consumidor com mais de 50 anos está mais inclinado a ter apego pelas marcas, uma vez que esse público não se preocupa em seguir tendências e prioriza a assertividade e o conforto na hora de realizar uma compra. Mas, quando olhamos para a geração Z, pessoas nascidas a partir de 1995, a infidelidade às marcas chega a 65%.
Isso acontece porque a geração Z é imediatista e está constantemente em busca de novidades. Porém, esse imediatismo, além de prejudicar a fidelização de clientes, também gera um comportamento massacrante para as marcas.
Pense nas grandes marcas, como a Apple, Nubank, Netflix, Chilli Beans, Harley Davison, e por aí vai. Se antes esperávamos por um, dois, no máximo quatro lançamentos anuais, hoje as marcas precisam de 8 a 12 lançamentos para acompanhar essa corrida sem fim. A Netflix é um bom case de atenção, já que foi prejudicada pela produção de séries e filmes no sistema fordista.
Está na hora de refletir: você é o tipo de consumidor que se compromete com seus produtos favoritos ou é o tipo que vai onde há mais vantagens? Há a possibilidade de chegar em um meio termo?
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