Por Andrhessa Armada
Se você costuma almoçar em restaurantes, já deve ter percebido que a conta está ficando mais salgada, não é? A verdade é que, ao longo de 10 anos, os brasileiros passaram a sentir um peso maior no prato – e no bolso. Em média, os gastos com alimentação fora de casa aumentaram em 70%.
Se em 2014 o gasto médio era R$ 27,36, hoje o trabalhador gasta em média R$ 46,60 para comer na hora do almoço. As informações integram a Pesquisa +Valor conduzida pela Ticket, uma marca da Edenred Brasil especializada em vale-refeição e alimentação, em colaboração com aproximadamente 4,5 mil estabelecimentos de alimentação distribuídos por todas as regiões do país.
De almoço em almoço, a conta sai cheia…
Se levarmos em conta o salário médio nacional em junho de 2023, que é de R$ 2.9121, segundo o IBGE, os gastos com refeições fora de casa representam 35% do rendimento. Ou seja, o trabalhador precisa desembolsar mais de R$ 1 mil por mês para almoçar na rua.
Conforme a pesquisa deste ano, o valor é 14,7% superior ao registrado no ano passado, considerando-se a categoria de autosserviço ou os restaurantes a quilo.
Em 2023, as maiores variações de preço ocorreram nos serviços à la carte, apresentando um aumento de 24%, enquanto o serviço de self-service teve uma elevação de 20%, conforme dados levantados pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).
🏆 Refeição mais cara do país vai para…
O Sudeste é a região mais cara para o trabalhador se alimentar, com valor médio de R$ 49,33 por refeição. Já o Nordeste apresenta preço médio de R$ 43,55, acompanhado pela região Sul com R$ 42,81, região Norte com R$ 42,29 e Centro-Oeste com R$ 41,75.
Algumas capitais se destacam com valores ainda mais elevados do que a média nacional. Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, tem os pratos de comida mais caros do Brasil, com média de R$ 56,11. Seguido por Rio de Janeiro (RJ) com R$ 53,90, São Paulo (SP) com R$ 53,12 e Natal (RN) com R$ 51,86.
Preço da refeição acima da inflação
O preço para comer fora de casa subiu mais do que a inflação oficial do país. O IPCA, índice que mede a inflação, foi de 0,26% em setembro, acumulando 5,19% em 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
De acordo com especialistas, a situação econômica após a pandemia exerce influência nos valores repassados aos consumidores. Com a retomada do atendimento presencial, as empresas que oferecem esses serviços enfrentaram aumento nos custos de aluguel comercial e a necessidade de realizar novos investimentos.
Muitos estabelecimentos permaneceram fechados ou atendendo via delivery. Em 2019, o sistema de entregas representava 60%, e em 2023, embora tenha retornado pouco acima dos níveis pré-pandêmicos, está em 44%.
Restaurante ou marmita?
Apesar disso, o preço ainda não é o fator determinante na escolha da refeição. Conforme o levantamento da ABBT, a conveniência (51%) desponta como uma das principais tendências, enquanto preços e promoções têm uma relevância de 33% para a população.
Mas e você? Será que a partir de agora considerará levar a boa e velha marmita para economizar? E a gente achando que sair para almoçar com a galera toda do trabalho não custava nada…
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