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Por Andrhessa Armada
O rápido envelhecimento da população pode ter impactos significativos na economia
Dados mais recentes do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana, revelam uma mudança marcante no perfil demográfico do Brasil. A idade mediana dos brasileiros aumentou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Isso significa que metade da população tem 35 anos ou menos, enquanto a outra metade tem mais de 35 anos. Além disso, o Brasil testemunhou o maior aumento no número de idosos em relação aos jovens desde 1940, com 55 idosos para cada 100 jovens em 2022.
Essa tendência de envelhecimento da população implica em desafios consideráveis para a economia brasileira. Com o envelhecimento, há uma diminuição no número de pessoas em idade ativa, afetando a dinâmica produtiva e, consequentemente, o mercado de trabalho e o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além disso, coloca uma carga adicional sobre os sistemas de Previdência e saúde pública.
Como isso afeta na economia?
As projeções indicam um aumento significativo no déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao longo das próximas décadas. Segundo estimativas da Secretaria do Regime Geral de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, o déficit do INSS deve mais do que dobrar até 2060, atingindo a marca de R$ 3,3 trilhões ou 5,9% do PIB, e quadruplicar até 2100, chegando a R$ 25,22 trilhões, o que representa 10,4% do PIB. Esses números estão presentes na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.
Diante desse cenário, torna-se crucial adotar medidas estratégicas para lidar com os desafios decorrentes do envelhecimento populacional e garantir a sustentabilidade dos sistemas de Previdência e saúde no Brasil.
Mulheres em maioria
O censo aponta ainda para um aumento constante na população feminina do país ao longo das últimas décadas. Em 1970, por exemplo, 50,3% da população era feminina. Atualmente, as mulheres representam 51,5% dos 203 milhões de habitantes do Brasil, totalizando cerca de 104,5 milhões, enquanto os homens somam 98,5 milhões, resultando em uma diferença de 6 milhões entre os gêneros.
Mas o crescimento da população feminina também pode impulsionar a economia. Com mais mulheres participando ativamente do mercado de trabalho, pode-se criar um aumento na diversidade de talentos e ideias, o que é fundamental para a inovação e o desenvolvimento econômico.
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