Por Juliana Magano
Segura o play!
O termo “revolucionário” vem acompanhando a Netflix desde que tudo era mato no streaming. Pioneira na distribuição de séries e filmes, a queridinha Tu-dum quebrou barreiras de consumo de cultura através de um modelo de acesso mais democrático.
Agora, a empresa entra novamente em foco. Com sua nova política de proibição do compartilhamento de senhas, usuários deixam de lado o termo “revolucionário” e usam “retrocesso”.
A pouco mais de uma semana, chegou ao Brasil o início da cobrança por compartilhamento. Agora, a sua conta só poderá ser usada por moradores da mesma residência. A plataforma utilizará o wi-fi como check-in para saber de onde o usuário está assistindo.
Para os que desejarem continuar compartilhando com amigos, primos, vovó que mora longe, terão de acrescentar R$12,90 por assinante extra. Isso representa quase ⅓ do valor cheio da assinatura padrão (R$39,90), onde não é permitido adicionar contas compartilhadas.
Mas, por que isso agora?
A Netflix sentiu o aumento da concorrência no mercado de streaming. A solução encontrada foi conter o compartilhamento de senhas e transformar aqueles que já consomem o conteúdo em usuários pagantes. Estima-se que cerca de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo (pouco menos da metade do total de assinantes) usem senhas compartilhadas.
A tu-dum começou a testar o novo serviço no ano passado, iniciando a implementação no Chile, Peru e Costa Rica. Canadá, Portugal, Espanha e Nova Zelândia foram agregados à modalidade em fevereiro. Acontece que, inicialmente, durante esses testes, a reação média dos consumidores foi o cancelamento de assinaturas.
E agora, quem defenderá os consumidores? Isso mesmo! Ele, o Procon!
Desde que a nova política da plataforma entrou em vigor aqui no Brasil, na segunda (22), a Netflix já recebeu 4 notificações do Procon de São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão e Paraná.
O órgão afirma que a mudança pode violar o código de defesa do consumidor, uma vez que o conceito utilizado na nova política induz o usuário ao erro, com frases como “assista onde quiser”. Além disso, questiona: “Se o serviço da Netflix pode ser acessado através de celulares e outros dispositivos, não faz sentido limitar o acesso de acordo com a residência!”.
Seria essa nova modalidade um tiro no pé?
A medida já apresenta impacto significativo na base de assinantes. O Brasil, por exemplo, está seguindo a tendência do que houve na Espanha, onde a plataforma perdeu mais de 1 milhão de assinantes somente no primeiro trimestre de 2023. Isso pode afetar negativamente a receita da empresa. No entanto, a Netflix possui expectativas de que essa mudança estimule novas assinaturas, impulsionando o crescimento e compensando as perdas. Com isso, não demonstra nenhum movimento de recuar nessa decisão.
Basicamente:
A cobrança tá aí! Continua assinando quem quer!
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