Por Julia Gonzatto
Inteligência Artificial ajudou Paul McCartney a criar última música da banda.
Uma nova música da banda britânica The Beatles foi anunciada recentemente por Paul McCartney. Pois é, você leu certo. Mesmo a banda tendo se separado em 1974, uma música nova foi prometida para 2023.
O ex-integrante do grupo britânico foi a público recentemente para divulgar a nova faixa e explicou que o trabalho só foi possível através do uso de uma Inteligência Artificial. A tecnologia, desenvolvida por Emile de la Rey, editor de diálogos do documentário “Get Back”, foi a responsável por conseguir extrair a voz de John Lennon de uma demo antiga do cantor. O áudio foi limpo, ajustado e remixado na nova música, que já é especulada como sendo uma composição de Lennon de 1978 chamada “Now And Then”.
Quando falamos sobre Inteligência Artificial e a indústria da música, muitas preocupações surgem na mente das pessoas sobre o uso e o efeito da tecnologia. O próprio Paul McCartney admitiu a uma repórter da Radio 4 suas ressalvas no assunto:
“Eu não fico muito na internet, mas as pessoas me falam: ‘Ah, sim, tem uma faixa em que John está cantando uma das minhas músicas’, mas é só IA, sabe? É meio assustador, mas empolgante, porque é o futuro. Teremos apenas que ver onde isso leva.”
O fim do compositor musical?
Outros casos em que artistas tiveram suas vozes usadas (sem autorização) por uma AI também chamaram atenção nos últimos meses. Durante apresentação em um festival na França, David Guetta tocou um remix com o que parecia ser um sample do Eminem. O problema – revelado algum tempo depois – é que o rapper não participou em nenhum momento da produção da faixa.
Guetta na verdade usou um programa com Inteligência Artificial para gerar letras que se encaixassem no estilo do rapper e, através de um site, recriou o som da voz do Eminem. O resultado foi uma música que chegou ao público sem qualquer autorização do astro americano.
Além dessas preocupações com direitos autorais, grandes gravadoras também estão apreensivas com a diminuição de suas participações no mercado da música. Com uma menor atuação, essas empresas também ganham menos dinheiro em royalties. De acordo com a Folha de S.Paulo, em 2017 as maiores gravadoras respondiam por 87% das músicas ouvidas pelos usuários do Spotify. Em 2022, esse número já caiu para 75%.
Para aqueles cujo único talento é o de tocar a campainha, talvez agora seja a sua chance de começar a fazer música!
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