Por Julia Gonzatto
Algumas semanas atrás o fenômeno Barbie foi pauta aqui na Marca Texto – o filme que superou o sucesso nas bilheterias e se transformou em uma verdadeira tendência mundial. O que pode passar batido para alguns, porém, é que uma importante parte do sucesso da Barbie não foi conquistada sozinha… mas, teve a ajuda de um certo físico nuclear.
O longa-metragem dirigido por Christopher Nolan, Oppenheimer, chegou aos cinemas no mesmo dia que o filme da boneca da Mattel. As datas, por coincidência ou não, foram o pontapé inicial para o que hoje se chama de “Barbenheimer” – um trocadilho com a junção dos dois filmes.
Diversos usuários ao redor da internet têm feito montagens, piadas e comentários sobre os longas e suas semelhanças e diferenças. Apesar de não terem muito em comum na superfície (e até parecerem completos opostos à primeira vista), ambos possuem personagens marcantes, histórias bem contadas, atores de grande porte e diretores famosos. A receita pro sucesso.
O filme que conta a história de J. Robert Oppenheimer, o físico responsável pelo Projeto Manthattan – iniciativa dos Estados Unidos para construir uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial – arrecadou US$174 milhões dentro dos EUA, e mais de US$400 milhões no mundo todo até o dia de hoje.
Para a Universal Pictures, ver os números e o sucesso da bilheteria deve ter sido um alívio. Isso porque a produção do filme foi uma das mais caras da carreira do Nolan (diretor de Interestelar, A Origem e Amnésia), e custou cerca de US$100 milhões para o estúdio – um investimento raro em filmes desse gênero. Isso sem contar o que foi gasto em propagandas e ações para divulgação.
É claro, se juntar a bilheteria de Oppenheimer com o filme da Barbie, os lucros aumentam ainda mais. Apenas no final de semana de estreia, foram US$511 milhões.
Em um comparativo, podemos observar como um filme biográfico sobre Robert Oppenheimer conseguiu ganhar mais dinheiro em 9 dias de lançamento (US$174 milhões) do que uma cinebiografia do Elvis Presley, uma personalidade muito mais conhecida, em todo o seu período em cartaz (US$151 milhões).
Considerando que a grande maioria das pessoas não foram ao cinema para acompanhar a história do pai da bomba atômica por já o conhecer, fica claro que a parceria com a Barbie não foi benéfica apenas para a boneca, mas ajudou muito o Oppenheimer a atrair mais cinéfilos para as salas.
Assim como no caso Barbie, os impactos econômicos do filme não se restringiram às bilheterias do cinema. A biografia do físico teórico norte-americano mais do que dobrou seu número de vendas desde a estreia do filme. Segundo matéria da Veja, os livros não pararam nas prateleiras da Livraria da Vila desde que o longa entrou em cartaz.
Por mais que a figura do Oppenheimer não tenha o mesmo apelo que o de personagens mais conhecidos pelo grande público, como super-heróis ou bonecos que marcaram nossa infância, é curioso observar como isso não foi o suficiente para evitar que produtos com seu rosto fizessem sucesso nos últimos dias. Camisetas, pôsteres e canecas estampadas com imagens do filme e do personagem interpretado por Cillian Murphy viralizaram dentro e fora das redes sociais (principalmente aquelas que carregavam sua imagem junto da Barbie).
O movimento Barbenheimer é real.
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