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- Real ultrapassa o Peso e já é a segunda moeda que mais desvalorizou em 2024!

Ultrapassamos os nossos hermanos e essa não é uma boa notícia!
Por Juliana Magano
A rivalidade entre Brasil e Argentina não é uma novidade. Como moramos no país do futebol, aprendemos desde pequenos que nosso maior adversário no campo é a Argentina. Mas, essa desarmonia ultrapassa o esporte e chega até mesmo à economia dos países.
Se traçarmos uma linha do tempo, ela passaria desde o período colonial, quando o expansionismo territorial português entrou em confronto diplomático e militar com a Espanha pelo Rio da Prata, até os dias de hoje, quando a moeda brasileira superou o peso argentino em desvalorização.
Perto do aniversário de 30 anos do Plano Real, impossível não lembrar de quando R$1 equivalia a US$1. Hoje, a balança está desequilibrada e R$1 vale, aproximadamente, US$5,50. Porém, se olharmos para o câmbio dos nossos vizinhos sul-americanos, a moeda brasileira era uma das mais valorizadas. A título de exemplo, ao compararmos o Real com o Peso, R$1 é o mesmo que $165,52.
A novela mexicana argentina
A economia da Argentina sofreu, por muito tempo, de um fenômeno chamado hiperinflação. Em 2023, a taxa de inflação no país alcançou 211%, com base mensal de 25,5%, alcançando o nível mais alto desde o início da década de 1990.
Algumas das propostas do atual presidente argentino, Javier Milei, durante sua campanha eleitoral, era combater a inflação, reduzir o déficit fiscal profundo e reconstruir os cofres do governo através de medidas de austeridade rigorosas. Na prática, isso significa um controle de gastos rígido e inflexível. Algumas das medidas já tomadas pelo presidente nos últimos quatro meses são: cortes dolorosos nos gastos do Estado, reduzindo subsídios e podando o setor público.
De dezembro/2023 (quando Milei assumiu o país) até abril/2024, tais medidas começaram a mostrar os seus efeitos. A Argentina registrou o 3º superávit mensal (quando a receita do governo é maior que a despesa), alcançando 275 bilhões de pesos (US$315,4 milhões) em março. Em janeiro, as contas públicas argentinas registraram saldo positivo pela primeira vez em quase 12 anos.
Mas onde que o Brasil entra nessa história?
Uma pesquisa realizada pela CNN na semana passada apontou o Real como a moeda com o segundo pior desempenho do ano, ficando à frente do peso argentino e atrás apenas da moeda japonesa, o iene. O levantamento considerou 23 moedas globais.
O cenário externo, com a expectativa de queda dos juros americanos, estava favorável não só para o Brasil, mas como para as moedas emergentes, entre o final de 2023 e o início de 2024. Isso impulsionou os ativos brasileiros, fazendo com que o dólar fosse negociado a US$4,90 no fim de dezembro.
A inflação dos EUA não está decaindo como o desejado pelas autoridades. Por isso, os juros devem ser mantidos num patamar mais alto por mais tempo, aumentando custos e até mesmo riscos de uma recessão no país. Junte esse fato aos conflitos internacionais, à tragédia no Rio Grande do Sul e ao anúncio do governo nacional de que não pretende cumprir as metas de superávit fiscal, e consegue-se perceber porque o câmbio nacional começou a apresentar tamanha desvalorização.
Porém, a perspectiva dos economistas é que, dependendo das questões fiscais e da condução do Governo em relação à dívida pública, devemos perceber, até o final do ano, uma diminuição da pressão sobre os indicadores brasileiros.
Vamos acompanhar de perto os próximos embates entre Brasil e Argentina no campo do Mercado Financeiro! Para quem você torce nessa disputa?
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