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- Eleito! Candidato ultraliberal vence na Argentina e tem desafio pela frente

Por Fabi Mariano
Mas, afinal, o que é o ultra liberalismo?
No dia 19 de novembro, domingo, os argentinos elegeram Javier Milei como presidente do país vizinho. Em severa crise econômica, o país apostou em um nome novo no cenário político que ganhou visibilidade através da mídia com propostas consideradas disruptivas. Entre elas, as que chamam mais atenção são a de eliminar o Banco Central e reduzir drasticamente as despesas do governo. A dolarização total da economia também foi carro-chefe na campanha do futuro presidente. Em disputa direta com o atual ministro da economia, Sergio Massa, Milei foi eleito com 55,77% dos votos.
Vamos começar pelo início
O que é o ultraliberalismo? Em termos gerais, a fase superior do neoliberalismo. É uma ideologia política e econômica que defende a mínima intervenção do Estado na economia e na vida dos cidadãos. Para os ultraliberais, a liberdade individual e a propriedade privada são prioridade para o desenvolvimento econômico e social de um país. O seu surgimento aconteceu no século XVII aliando correntes de filósofos como Adam Smith e John Locke, mas vem se transformando através do tempo. Entre os principais pontos defendidos pelos ultraliberais são:
Livre Mercado: estímulo a concorrência entre os agentes econômicos para o desenvolvimento do mercado.
Redução do poder de Estado: diminuição da carga tributária e desregulamentação das atividades econômicas.
Privatizações: eliminar empresas estatais.
Liberalização do comércio exterior: defendem a abertura dos mercados e fim das barreiras comerciais.
Não é tão simples quanto parece…
Os críticos do ultraliberalismo destacam os riscos da nova corrente que anda dando as caras pelo mundo, entre os pontos levantados com os que se preocupam com a ascensão da ideologia estão: aumento da desigualdade econômica, sucateamento dos serviços públicos e concentração de riqueza.
O desafio é gigante
Javier Milei será o 12º presidente argentino, é economista de formação e já fez declarações consideradas polêmicas, como a intenção de retirar a Argentina do Mercosul e desistência de integração com o Brics. Seja qual for o caminho escolhido para a nova política econômica do país, o desafio não é nada fácil. A Argentina vive um drama na economia com dados alarmantes, a inflação descontrolada, 138% nos últimos 12 meses, fez com que 40% da população viva na pobreza. Entre os principais motivos para tamanha crise estão: alto gasto público, calotes sucessivos de pagamento de dívidas externas (o que abala a confiança do país) e intensa dependência do dólar, que afeta câmbio e inflação.
Após o anúncio da eleição de Milei, a bolsa argentina subiu quase 23%, foi o melhor pregão desde 1992.
Vem um 2024 movimentado para nossos vizinhos.
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