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Por Juliana Magano
O que saiu em 3 meses, voltou em 22 dias
É comum ler notícias dizendo que “os estrangeiros estão investindo no país” ou “os estrangeiros estão deixando a bolsa de valores”. Mas, por que esses investimentos oriundos do exterior são tão importantes para a economia de uma nação?
Chamamos de investimento no exterior toda alocação de capital que é feita em um país diferente daquele onde o investidor mora. Por mais que, em um primeiro momento, possamos pensar que esse investimento aconteça apenas em países com uma moeda forte, como o dólar e o euro, os países emergentes também recebem capital estrangeiro.
Aqui no Brasil, presenciamos o seguinte cenário:
– Em 2021, a entrada de investimentos estrangeiros diretos totalizou US$ 46,4 bilhões.
– Já em 2022, totalizaram US$ 90,5 bilhões, o maior aporte estrangeiro desde 2012 (R$92,5 bilhões);
– E em 2023, uma verdadeira montanha russa.
Aquele que olhasse para os investimentos estrangeiros nos meses de agosto, setembro e outubro desse ano, veria uma fuga de capital considerável. Ouvimos a estrategista de renda variável da InvestSmart, Mônica Araújo, para entender mais o porquê desse movimento.
“O que influencia muito também são as questões internacionais. O que a gente viu, a partir de julho, foi um movimento de abertura da curva longa dos EUA. Isso acabou afetando todos os mercados. Não só o mercado de renda fixa, como os mercados de risco também.”, disse a estrategista. Isso quer dizer que, quando você tem a taxa de juros americano (os títulos de longo prazo dos EUA são considerados ativos de baixo risco) remunerando bem, há uma migração de liquidez para o mercado americano.
Porém, a reviravolta ocorreu em novembro, quando os investimentos estrangeiros perdidos nos últimos 3 meses, voltaram em 22 dias. O registro de aportes chegou aos R$13 bilhões.
“No final de outubro, alguns dados americanos começaram a sinalizar uma desaceleração da economia [americana] e um arrefecimento mais forte da inflação. A gente já tinha esse cenário de forma mais clara na Europa e faltava o dos EUA. Com a queda da perspectiva de um novo aumento da taxa de juros americana, o risco diminuiu e os investidores se sentiram mais confiantes em aumentar o risco de suas carteiras. Isso fez com que houvesse um rebalanceamento do fluxo de recursos para os países emergente”, pontuou Mônica.
Ela ainda sinalizou que o Brasil tem alguns diferenciais, quando comparado com alguns outros mercados emergentes. São eles: a liquidez diária de algumas empresas nacionais, câmbio (perspectiva de baixa volatilidade no curto prazo), balança comercial positiva no ano de 2023, o começo dos cortes de juros e a trajetória de inflação mais benigna do que o esperado.
É meus amigos. Além de belas paisagens e um povo acolhedor, os investimentos também são um ponto de atração dos estrangeiros para o Brasil!
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