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Por Julia Gonzatto
Elas podem mudar a cara do mercado financeiro?
Você sabia que se as mulheres investissem na mesma frequência e ritmo do que os homens, o capital para aportes aumentaria em US$3,2 trilhões? É verdade. Se isso acontecesse, teríamos mais R$15,7 trilhões (aproximadamente) de ativos sob gestão de indivíduos privados hoje.
Isso é o que revela a pesquisa do Bank of New York Mellon Investment Management, uma das empresas bancárias mais antigas do mundo.
Além do aumento no valor líquido, também teríamos um aumento de quase US$2 trilhões (ou seja, R$9,8 trilhões) em investimentos feitos de forma responsável. Isso porque, segundo o levantamento da BNY Mellon, mulheres tendem a procurar mais do que apenas um retorno financeiro – elas também desejam ver um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
De acordo com o estudo, mais da metade das mulheres (55%) investiria mais se os impactos desses investimentos estivessem alinhados com seus valores pessoais. Além disso, 53% delas se sentiriam mais inclinadas a aplicar seu dinheiro se o fundo de investimentos tivesse um objetivo claro, ou tivessem um impacto positivo, independentemente de qual seja a causa.
Mas, por que as mulheres não investem mais? A pesquisa da BNY Mellon identificou 3 principais razões.
- Mais prevenidas? Antes de sequer começar a pensar em investimentos, as mulheres, em média, acreditam que precisam ter uma renda mensal mínima de US$4.000. Não é pouca coisa.
- Menos arrojadas, mais conservadoras e moderadas. Apenas 9% das mulheres relatam se identificar com o perfil de investidor arrojado, enquanto 49% têm um nível moderado e 42% têm baixa tolerância ao risco. Como a percepção de que o ato de investir traz sempre um alto risco ainda é muito forte, muitas mulheres desistem de aplicar seu dinheiro logo de cara.
- E o pouco engajamento? Globalmente, apenas 28% das mulheres sentem confiança para investir seu suado dinheiro.
Já que elas não se sentem, logo de cara, tão atraídas ao mundo dos investimentos, as mulheres tendem a gravitar mais para guardar seu dinheiro poupanças, investir em imóveis e em até em planos de aposentadoria.
A lição que fica? O mercado financeiro precisa analisar e pensar em diferentes formas de envolver e inspirar mais mulheres a investir. Essa inserção do público feminino na economia e a sua participação no mercado pode ser benéfica não só pra elas, mas pros investimentos no geral.
“Ao analisar a pesquisa, fica claro que aumentar a participação feminina em investimentos é fundamental para a própria prosperidade pessoal das mulheres, mas também para ajudar a moldar um futuro com mais equidade para todos.”
Hanneke Smits, CEO da Bank of New York Mellon
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