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- Rita Lee foi rainha do rock e do bom relacionamento com o dinheiro
Por Fabi Mariano
Grana, Bufunfa, Dindim, o resto tá bacana pra mim: a rebeldia contra a crise
Na segunda-feira, 8, o Brasil sofreu o baque de perder uma artista emblemática da música: Rita Lee faleceu aos 75 anos após lutar por mais de 2 anos contra um câncer de pulmão. O legado musical da Rainha do Rock é inegável. As revoluções sociais e ideológicas também. Além de todo o repertório deixado para sempre na história da música brasileira, a artista também é um exemplo de sucesso na administração de carreira e dinheiro.
A cantora deixa para os herdeiros uma fortuna estimada em R$30 milhões que incluem muito mais que os direitos autorais das canções. A artista também era empreendedora, investidora (com grande diversificação) e proprietária de imóveis.
A quantia acumulada por Rita Lee foi conquistada com muito talento e boa administração de recursos e gerenciamento de carreira. Desde 1981 a artista já era destaque no mundo dos negócios, quando foi capa da Revista Exame com o título: “Um fenômeno que a crise dos discos não ofuscou”. Na época, a roqueira ganhou as manchetes por manter a alta venda dos trabalhos gravados mesmo em meio a decaída do setor fonográfico. A rainha só perdeu para o rei. Roberto Carlos foi o único no Brasil que vendeu mais que a ovelha negra mais famosa do país. O disco “Lança Perfume”, de 1980, vendeu 750 mil cópias rendendo cerca de 150 milhões de cruzeiros para a dama de cabelo vermelho.
Deixa os acomodados que se incomodem!
Para combater a crise financeira da época e a queda do poder aquisitivo do consumidor, Rita apostou na internacionalização da carreira, sendo lançada na França e Argentina com grande repercussão. Os shows também eram destaque, agradando – com grande diversidade de estilos – crianças, jovens, adultos e até idosos. A estratégia contou com o imenso talento e carisma da artista, mas também com um planejamento bem elaborado por Roberto de Carvalho, marido, empresário e parceiro musical da cantora. Entre os métodos adotados estavam: exigência de 15% do faturamento das vendas (o dobro dos demais artistas), música na novela da Globo e setlist do álbum escolhido pela própria artista. Não à toa ela fez da música seu negócio e levou a sério. Investiu, criou uma produtora, uma editora e, até o fim, optou por não levar uma vida de ostentação e luxo.
Visionária: na música, na vida e nas finanças. Pois, você conseguiu, Rita. Não é do luxo, nem do lixo, é imortal!
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