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- Queda de ações da LVMH provam que mercado de luxo não é imune à recessões.
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Por Julia Gonzatto
Tudo que é bom dura pouco?
No mês de abril, a gigante de artigos de luxo LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton, Dior, Givenchy e Tiffany, tomou as manchetes ao se tornar a primeira empresa europeia a alcançar os US$500 bilhões em valor de mercado. Seu presidente executivo há quase 30 anos, Bernard Arnault, assumiu o posto de homem mais rico do mundo por volta do mesmo período, com uma fortuna estimada atualmente em US$238,7 bilhões.
A LVMH chegou a registrar a receita recorde de €21 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Uma alta de 17% na comparação anual que também fez com que as ações da companhia subissem na bolsa de valores. As coisas pareciam perfeitas para o grupo.
Até que o cenário mudou.
Uma queda nas ações do mercado de luxo europeu provocou um baque de mais de US$30 bilhões na última terça-feira (24). Mas o que aconteceu nesse meio tempo para uma das empresas mais valiosas do mundo ver o preço de suas ações caindo?
Enquanto as oscilações positivas podem ser explicadas pelo impulsionamento que a recente reabertura econômica da China provocou, a queda tem uma “simples” causa: o medo de uma possível desaceleração de gastos dos Estados Unidos.
Muitos analistas econômicos projetam uma crise econômica, ou até mesmo uma recessão, ainda esse ano para os EUA, com o Federal Reserve aumentando as taxas básicas de juros a fim de diminuir a inflação. Se esse cenário se concretizar, a desaceleração atingirá a carteira dos norte-americanos e eles estarão menos inclinados a gastar em bens de luxo – o que afeta diretamente o mercado. Um verdadeiro efeito cascata.
Se levarmos em consideração que 23% do faturamento da LVMH no primeiro trimestre veio dos EUA, faz sentido o porquê da companhia e seus investidores estarem preocupados e se preparando para o pior.
O mercado de luxo, conhecido por gerar desejo e bons resultados acima de grandes empecilhos, pode estar encontrando um verdadeiro desafio para manter seu consumo o sucesso que sempre foi.
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