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- A grande história de Eufrásia Teixeira Leite

Por Jéssica Soares
A mulher número 1 na bolsa de valores brasileira
Carioca, da cidade Vassouras, mas também possui, em seu coração, um amor por Paris, sua segunda “cidade natal”…
Decidiu não se casar para não passar o controle financeiro de sua fortuna, apesar de ter se apaixonado por um boy magia! (Isso que é foco né?)
Ela gostava era da polêmica, bebês. Namorou até um líder abolicionista! Joaquim Nabuco! Ela também era simpatizante desse movimento!
Quase teve seu testamento anulado ao falecer, pelo simples fato de ser o que? MULHER! Conquistou, mesmo após sua morte, um grande legado, oferecendo oportunidade para aqueles que nunca sequer sonhariam em ter acesso ao estudo.
Na época, mulheres só podiam receber educação voltada para a convenção “familiar”, como costura, pintura e etiqueta. Mas, por nascerem em “berço de ouro”, Eufrásia e sua irmã puderam ter o privilégio de ter uma biblioteca em casa. Ao que tudo indica, seu pai foi um grande incentivador e professor das irmãs Teixeira Leite. Receberam muita influência francesa, já que cerca de 98% dos livros eram escritos em nada mais nada menos do que… “Tcharam”… francês.
E esse acervo ainda pode ser visto e visitado no museu Hera, onde ficava a casa da Eufrásia! Ele está localizado na cidade de Vassouras-RJ.

Uma grande administradora
Após a morte de seus pais, com intervalo de um ano entre eles, Eufrásia e sua irmã se viram diante de um grande dilema, solteiras e órfãs (detalhe, ela e sua irmã, respectivamente com 20 e 25 anos eram consideradas “velhas” para se casar)…. Mas, graças às instruções obtidas pela rica biblioteca pessoal, ela era uma administradora incrível e soube buscar conselhos com seus parentes que ocupavam cargos relevantes: presidente do Banco do Brasil, diretores de bancos e exportadores de café!
Isso nos mostra que quem busca os melhores, sempre terá a oportunidade de fazer seus negócios crescerem exponencialmente.
Agora, pasmem com essa informação: A fortuna da família de Eufrásia não veio de terras, mas sim de títulos da dívida pública do empréstimo nacional, já que tinham casa e escravos.
Além de receber a herança do pai, ela e a irmã também receberam a fortuna de sua avó, a baronesa de Campo Belo. E como a família possuía um testamento, equivalente a uma holding hoje em dia, o patrimônio foi rapidamente replicado para as herdeiras legais. Organização é tudo. Não se pode perder tempo, porque tempo é dinheiro.
Eufrásia foi reconhecida pela ONU como a primeira mulher a investir na bolsa de valores brasileira. Além do Brasil, ela também investia em Paris e Londres. Tinha como seu gerente o Sr. Guggenheim, seu escudeiro fiel, que executava com maestria as estratégias que a senhorita ordenava.
Além de ser uma ávida investidora em ações, Eufrásia seguiu o caminho do pai e diversificou muitíssimo bem seu patrimônio, com títulos públicos, ações, imóveis e muito mais.
No auge da primeira guerra mundial, ela com seu faro incrível para bons negócios, enxergou a oportunidade em investir em “anilina”. Isso mesmo, e o tiro foi certeiro! Ela conseguiu obter enormes lucros negociando anilina!
O fim de uma era…
Com problemas recorrentes nos rins, faleceu no dia 13 de setembro de 1930, em seu apartamento no Rio de Janeiro. Morreu lúcida, sempre a frente de seus negócios.
Sem filhos, sobrinhos ou herdeiros próximos, destinaram sua fortuna, avaliada em 37 milhões de réis, para instituições educacionais e de caridade em sua cidade Natal, Vassouras.
Mas, pega essa aqui: quando faleceu, seus parentes foram secos em cima da grana, porém, ela já tinha direcionado o dinheiro para os pobres. Como uma forma de se “vingar” dela, sabe o que eles fizeram? Simplesmente, não colocaram nenhuma lápide com o nome dela. A mulher ficou no anonimato. Mas, somente nesse quesito, haja vista que, até hoje, o nome dela ressoa ao redor do mundo, como uma mulher extraordinariamente competente e muito a frente de seu tempo.
Eufrásia deixou seu legado não só para a caridade, mas para todas as mulheres.
Um grande exemplo a ser seguido, ela é, e sempre será, ATEMPORAL!
Viva Eufrásia, viva a primeira mulher a investir na bolsa de valores brasileira!
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