Por Juliana Magano
Não toque nos meus potes!
O tupperware, famoso potinho, além de ter sido considerado uma das maiores invenções do século 20, é sinônimo do afeto brasileiro. Afinal, você não empresta seu tupperware para qualquer pessoa.
Porém, essa empresa consagrada, assim como muitas outras, está sofrendo com as mudanças de hábito do mercado. Por mais que tenha registrado um forte crescimento durante o primeiro ano de pandemia, quase triplicando em 2020, as vendas têm registrado tempos difíceis desde então.
Em novembro de 2022, a empresa deu sinais de preocupação e relatou resultados decepcionantes, levando as ações a registrarem uma grande queda. Agora, está contratando consultores para lidar com quase US$700 milhões em dívidas, o que assustas os investidores.
Esse movimento de decadência possui dois fatores principais:
– Plástico, o grande vilão: A polêmica que começou com o embate canudos versus tartarugas, hoje se estende à problemática sobre o descarte do plástico e suas contaminações. Índia e União Europeia, em 2021, anunciaram a proibição do plástico de uso único. Até 2025, grandes multinacionais, como Coca-Cola e Unilever, também o abandonarão. Isso impacta bilhões de consumidores. Os nossos tupperwares ficam de lado, dando espaço para potes de vidro.
– O mundo está on: A concorrência das marcas internacionais, principalmente chinesas, chegaram no pós-pandemia, com preços mais baratos e maior variedade. A facilidade de ter sua cozinha renovada com poucos cliques é tentadora para o consumidor. Basicamente, a empresa não soube inovar e nem entrar para o e-commerce, perdendo uma parcela relevante do mercado.
Com isso, estamos a ponto de ver nossos queridos Tupperwares varridos do mapa junto com a jarra de abacaxi, o prato duralex, o copo americano e tantos outros itens icônicos de cozinha. Em breve, só encontraremos os potes coloridos expostos em feiras de antiguidade junto com discos de vinil, walkmans e os óculos do Chaves.
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