Por Juliana Magano

Era da Ebulição: Parece filme, mas não é!

Parece que estamos mais próximos do filme Mad Max do que você imagina. As recentes notícias do Hemisfério Norte, em julho, principalmente Europa e Estados Unidos estão assustando todo o globo! O secretário-geral da ONU caracterizou esse momento como o fim da Era de Aquecimento Global e a chegada da Era de Ebulição.

A primeira semana de julho bateu recorde de temperatura desde 1979. A expectativa é que o calor ultrapasse os 50ºC. Relatos surreais de bastões de selfie derretendo, pessoas se queimando por encostar no chão e rodovias se partindo ao meio estampam esse cenário caótico.

Além do risco para a saúde, afinal, já foram mais de 60 mil mortes na Europa por conta das altas temperaturas, as consequências dessa crise climática representam um grande perigo para a economia. Pelas estimativas da firma de auditoria Deloitte, se não revertermos os padrões de emissão de carbono até 2070, as perdas financeiras globais ultrapassarão os R$840 milhões.

Esses custos trilionários estão totalmente ligados às mudanças climáticas e, consequentemente, aos desastres naturais que as acompanham, como incêndios e a escassez de água, por exemplo. De acordo com o Atlas da Mortalidade e de Perdas Econômicas causadas por Fenômenos Climáticos e Hídricos Extremos, foram mais de 11 mil desastres associados ao clima entre 1970 e 2019, gerando custos aproximados de R$18 trilhões.

O estudo da World Wheather Attribution levanta o fato de que, se não fosse o ser humano interferindo na natureza, os eventos registrados durante julho seriam “extremamente raros”. O relatório demonstra, também, que o aumento dos gases do efeito estufa tornou a onda de calor europeia 2,5ºC mais quente. Já na América do Norte foram mais 2ºC e, na China, mais 1ºC.

A expectativa é que tudo que está acontecendo sirva de alerta e que todos possam perceber que cuidar do meio ambiente não é coisa só de hippie.